terça-feira, 16 de outubro de 2012
livro: Bullying
livro: Bullying: Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, i...
Bullying
Bullying é um
termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de
atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que
ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa
sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro
de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias:
a) bullying direto,
que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma
mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento
social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças
ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios
de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo
ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais
como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local
de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a
ocorrência do bullying entre seus alunos; ou
desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão
geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é
mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados
para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o
bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em
razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço
escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying,
o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados
negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que
sofrem bullying podem se tornar adultos com
sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de
relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos
extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões
geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias
desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser
escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são
pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os
atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os
impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa
realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as
humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª
séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são:
Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios
constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código
Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever
de indenizar. O responsável pelo ato debullying pode também ser enquadrado no
Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço
aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do
estabelecimento de ensino/trabalho.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Parábolas
Parábola
Disse Jesus: "O reino dos céus é
semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar
trabalhadores para sua vinha. Tendo convencionado com os trabalhadores que
pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha.
Saiu de novo à
terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer
coisa alguma, disse-lhes: - Ide também vós outros para a minha vinha e vos
pagarei o que for razoável. Eles foram. Saiu novamente à hora sexta e à hora
nona do dia e fez o mesmo. Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda
outros que estavam desocupados, aos quais disse: - Porque permaneceis aí o dia
inteiro sem trabalhar? Disseram eles : - E' que ninguém nos assalariou . Ele
então lhes disse: - Ide vós também para a minha vinha . Ao cair da tarde, disse
o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: - Chama os trabalhadores
e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros. Aproximando-se
então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um.
Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram
que iam receber mais, porém, receberam apenas um denário cada um. Recebendo-o,
queixaram-se ao pai de família, dizendo: - Estes últimos trabalharam apenas uma
hora e lhes dás tanto quanto a nós, que suportamos o peso do dia e do calor.
Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo
dano algum. Não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o
que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti.
Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom? À
primeira vista, pode parecer que Jesus, nesta parábola, esteja consagrando a
arbitrariedade e a injustiça. De fato, não seria falta de equidade pagar o
mesmo salário, tanto aos que trabalham doze horas, como aos que trabalham dois
terços, a metade, um terço, ou apenas um duodécimo da jornada? Sê-lo-ia,
efetivamente, se todos os trabalhadores tivessem a mesma capacidade e eficiência.
Tal, porém, não é o que se verifica. Há operários diligentes, de boa vontade,
que, devotando-se de corpo e alma às tarefas que lhes são confiadas, produzem
mais e melhor, em menos tempo que o comum, assim como há os mercenários, os que
não têm amor ao trabalho, os que se mexem somente quando são vigiados, os que
estão de olhos pregados no relógio, pressurosos de que passe o dia, cuja
produção, evidentemente, é muito menor que a dos primeiros. Uma vez, pois, que
o mérito de cada obreiro seja aferido, não pelas horas de serviço, mas pela
produção, que interessa ao dono do negócio saber se, para dar o mesmo
rendimento, um precisa de doze horas, outro de nove, outro de seis, outro de
três e outro de urna? Malgrado a diversidade das horas de trabalho, a remuneração
igual, aqui, é de inteira justiça. Assim, os últimos serão os primeiros e os
primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os
escolhidos “ (Mateus, 20:1 a 16).
Transportando-se esta parábola para o campo da
espiritualidade, o ensino não se perde; pelo contrário, destaca-se ainda mais.
O pai de família é Deus; a vinha somos nós, a Humanidade; e o trabalho, a
aquisição das virtudes que devem enobrecer nossas almas.
Para realizar esse desiderato, uns precisam de menos tempo, outros de mais, conforme cumpram, bem ou mal, os seus deveres.
O prêmio, entretanto, é um só: a alegria, o gozo espiritual decorrente da própria evolução alcançada.
Neste texto evangélico confirma-se, ainda que de forma velada, a doutrina reencarnacionista.
Os trabalhadores da primeira hora são os espíritos que contam com maior número de encarnações, mas que não souberam aproveitá-las, perdendo as oportunidades que lhes foram concedidas para se regenerarem e progredirem. Os trabalhadores contratados posteriormente simbolizam os espíritos que foram gerados há menos tempo, mas que, fazendo melhor uso do livre-arbítrio, caminhando em linha reta, sem se perderem por atalhos e desvios, lograram em apenas algumas existências o progresso que outros tardaram a realizar. Assim se explica porque "os primeiros poderão ser dos últimos e os últimos serem os primeiros" a ganhar o reino dos céus.
Esta interessante parábola constitui, ainda, um cântico de esperança para todos. Por ela, Jesus nos ensina que qualquer tempo é oportuno para cuidarmos do aperfeiçoamento de nossas almas, e, quer nos encontremos nos albores da existência, quer estejamos, já, beirando a velhice, desde que aceitemos, com boa disposição, o convite para o trabalho, haveremos de fazer jus ao salário divino.
Para realizar esse desiderato, uns precisam de menos tempo, outros de mais, conforme cumpram, bem ou mal, os seus deveres.
O prêmio, entretanto, é um só: a alegria, o gozo espiritual decorrente da própria evolução alcançada.
Neste texto evangélico confirma-se, ainda que de forma velada, a doutrina reencarnacionista.
Os trabalhadores da primeira hora são os espíritos que contam com maior número de encarnações, mas que não souberam aproveitá-las, perdendo as oportunidades que lhes foram concedidas para se regenerarem e progredirem. Os trabalhadores contratados posteriormente simbolizam os espíritos que foram gerados há menos tempo, mas que, fazendo melhor uso do livre-arbítrio, caminhando em linha reta, sem se perderem por atalhos e desvios, lograram em apenas algumas existências o progresso que outros tardaram a realizar. Assim se explica porque "os primeiros poderão ser dos últimos e os últimos serem os primeiros" a ganhar o reino dos céus.
Esta interessante parábola constitui, ainda, um cântico de esperança para todos. Por ela, Jesus nos ensina que qualquer tempo é oportuno para cuidarmos do aperfeiçoamento de nossas almas, e, quer nos encontremos nos albores da existência, quer estejamos, já, beirando a velhice, desde que aceitemos, com boa disposição, o convite para o trabalho, haveremos de fazer jus ao salário divino.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Mulheres
A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República, buscando atender ao objetivo de incluir mais mulheres nos espaços de
poder e decisão e enfrentar a sub-representação feminina, fez parte da Comissão
Tripartite, composta por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e de
organizações da sociedade civil, para a revisão da Lei 9.504/97, Lei de Cotas
Eleitorais, realizada entre junho e dezembro de 2009. Como a reforma política
não se efetivou, parte das discussões tratadas foram incorporadas no relatório
que resultou na aprovação da Lei 12.034/2009, conhecida como minirreforma
eleitoral.
As alterações nas leis
eleitorais e dos partidos políticos, aprovadas pela minirreforma, trouxeram
alguns avanços que, se cumpridos, geram benefícios importantes para a ampliação
da participação política das mulheres.
As principais conquistas foram:
a garantia de preenchimento de no mínimo 30% de candidaturas para mulheres e a
criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres.
Em agosto de 2008, foi lançada
a campanha “Mais Mulheres no Poder- Eu assumo este compromisso”, reeditada em
2010 e agora em 2012. Essa é uma realização do Fórum Nacional de Instâncias de
Mulheres de Partidos Políticos e do CNDM – Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher – com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência
da Republica.
As eleições municipais de 2012
representam um momento importante para consolidar avanços e conquistas das
mulheres. O debate sobre a realidade de cada cidade, com os cidadãos e cidadãs
que nelas vivem, permite identificar seus problemas, apresentar soluções,
projetos e políticas para que haja crescimento com sustentabilidade e
igualdade.
No site da Secretaria de
Políticas para as Mulheres da Presidência da República, as candidatas e demais
interessados poderão acessar a plataforma da campanha “Mais Mulheres no Poder-
eu assumo este compromisso 2012”, bem como outros documentos indispensáveis à
preparação política das mulheres e de todos os cidadãos .
Você sentirá saudades
Você sentirá Saudades
Um famoso pensador, ao ser entrevistado, afirmou que uma das
perguntas de maior teor filosófico que mais o fez pensar nos últimos tempos,
tinha vindo de sua filha, uma menina de poucos anos de idade.
Afirmava o entrevistado que, certa feita, ao dar o beijo de boa noite para sua pequena, ela o surpreendeu com a seguinte pergunta: Pai, quando você morrer, irá sentir saudades de mim?
A pergunta da menina, longe da ingenuidade infantil, traz no seu bojo profundos questionamentos filosóficos. Você mesmo já se surpreendeu pensando naqueles que lhe antecederam na viagem de retorno ao mundo espiritual?
Já se perguntou onde estarão eles? Sentirão saudades de mim?
Ou já pensou em algum momento: Como pode o manto da morte ser capaz de destruir sonhos, romper laços fraternos, separar aqueles que se amam?
E já se questionou se aqueles a quem queremos bem, que nos são caros ao coração, que convivemos anos a fio, compartilhando anseios, dúvidas, desafios, medos, com a morte ficam irremediavelmente afastados de nós?
É comum dizermos: Perdi meu pai, ou Perdi meu filho, quando esses se vão com o fenômeno da morte. Será verdade que os perdemos?
A razão nos diz que não. Como pode a morte vencer os laços construídos ao longo dos dias, dos anos, feitos no olhar, na dedicação, na cumplicidade, no compartilhar de dores e felicidades?
Como pode o fenômeno biológico vencer os sentimentos verdadeiros, que nascem nos refolhos da alma e são guardados no coração?
Pensar dessa forma é imaginar que Deus pouca importância daria para o amor. Afinal, de que valeria amar alguém, se isso tudo nos levaria ao nada?
Já que a morte do corpo é inevitável, inevitável seria então perder nossos amores.
A lógica nos conduz ao entendimento das Leis de Deus, a nos explicar que os laços de amor vencem as distâncias provocadas pelo tempo e pelo espaço.
Aqueles que se amam, onde estiverem, continuarão se amando, mesmo que momentaneamente apartados.
E é isso que a morte do nosso corpo físico nos provoca. Temporariamente, ficamos apartados daqueles a quem amamos.
No entanto, logo mais, em um tempo que a vida nos dirá, nos reencontraremos, com as saudades daqueles que, após longa viagem, se reencontram para reviver o carinho, afeto e sentimentos que sempre existiram.
Quem parte de retorno ao mundo espiritual, pelo fenômeno da morte do corpo físico, é alguém que nos antecede na viagem de volta.
Como nos ama, de lá fica nos aguardando, para um reencontro inevitável. Naturalmente sente saudades como nós, sente nossa falta, como sentimos nós a dele.
* * *
Quando a saudade dos amados apertar nosso peito, que nossos pensamentos sejam de carinho, com a certeza de que nos encontraremos.
Afirmava o entrevistado que, certa feita, ao dar o beijo de boa noite para sua pequena, ela o surpreendeu com a seguinte pergunta: Pai, quando você morrer, irá sentir saudades de mim?
A pergunta da menina, longe da ingenuidade infantil, traz no seu bojo profundos questionamentos filosóficos. Você mesmo já se surpreendeu pensando naqueles que lhe antecederam na viagem de retorno ao mundo espiritual?
Já se perguntou onde estarão eles? Sentirão saudades de mim?
Ou já pensou em algum momento: Como pode o manto da morte ser capaz de destruir sonhos, romper laços fraternos, separar aqueles que se amam?
E já se questionou se aqueles a quem queremos bem, que nos são caros ao coração, que convivemos anos a fio, compartilhando anseios, dúvidas, desafios, medos, com a morte ficam irremediavelmente afastados de nós?
É comum dizermos: Perdi meu pai, ou Perdi meu filho, quando esses se vão com o fenômeno da morte. Será verdade que os perdemos?
A razão nos diz que não. Como pode a morte vencer os laços construídos ao longo dos dias, dos anos, feitos no olhar, na dedicação, na cumplicidade, no compartilhar de dores e felicidades?
Como pode o fenômeno biológico vencer os sentimentos verdadeiros, que nascem nos refolhos da alma e são guardados no coração?
Pensar dessa forma é imaginar que Deus pouca importância daria para o amor. Afinal, de que valeria amar alguém, se isso tudo nos levaria ao nada?
Já que a morte do corpo é inevitável, inevitável seria então perder nossos amores.
A lógica nos conduz ao entendimento das Leis de Deus, a nos explicar que os laços de amor vencem as distâncias provocadas pelo tempo e pelo espaço.
Aqueles que se amam, onde estiverem, continuarão se amando, mesmo que momentaneamente apartados.
E é isso que a morte do nosso corpo físico nos provoca. Temporariamente, ficamos apartados daqueles a quem amamos.
No entanto, logo mais, em um tempo que a vida nos dirá, nos reencontraremos, com as saudades daqueles que, após longa viagem, se reencontram para reviver o carinho, afeto e sentimentos que sempre existiram.
Quem parte de retorno ao mundo espiritual, pelo fenômeno da morte do corpo físico, é alguém que nos antecede na viagem de volta.
Como nos ama, de lá fica nos aguardando, para um reencontro inevitável. Naturalmente sente saudades como nós, sente nossa falta, como sentimos nós a dele.
* * *
Quando a saudade dos amados apertar nosso peito, que nossos pensamentos sejam de carinho, com a certeza de que nos encontraremos.
Aguardemos sem
revolta pois afinal, dia desses lá estaremos nós, a revê-los, no retorno que
também faremos ao mundo espiritual.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
livro: Chico Xavier
livro: Chico Xavier: Chico Xavier Francisco Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o médium do século e o maior psicógrafo de todos...
Chico Xavier
Chico Xavier
Francisco
Cândido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier, considerado o médium do século
e o maior psicógrafo de todos os tempos, nasceu em Pedro Leopoldo, pequena
cidade do estado de Minas Gerais, Brasil, no dia 2 de Abril de 1910.
Filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando o filhinho contava apenas com 5 anos de idade. Na altura tinha mais 8 irmãos, tendo todos sido distribuídos por vários familiares e pessoas amigas. Como órfão de mãe em tenra idade, sofreu muito em casa de pessoas de precária sensibilidade.
Aos nove anos seu pai, já casado novamente, empregou-o como aprendiz numa indústria de fiação e tecelagem. De manhã, até às 11 horas, freqüentava a escola primária pública, depois trabalhava na fábrica até às 2 horas da madrugada. Aprendeu mal a ler e a escrever. Quando concluiu o pequeno curso da escola pública empregou-se como caixeiro numa loja e mais tarde como ajudante de cozinha e café.
Em 1933 o Dr. Rômulo Joviano, administrado da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, deu ao Jovem Xavier uma modesta função na Fazenda e lá se tornou um pequeno funcionário público em 1935, tendo trabalhado consecutivamente até finais dos anos cinqüenta, altura em que foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos), com a categoria de escrevente datilógrafo . Não podemos deixar de registrar, sob pena de cometermos grave omissão, que durante as décadas que esteve ao serviço do Ministério da Agricultura, jamais -- não obstante a sua precária saúde e trabalho doutrinário, fora das horas de serviço -- deu uma única falta ou gozou qualquer tipo de licença, conforme documentos facultados pelo M. A. Em finais da mesma década de cinqüenta, vai residir em Uberaba - MG, por motivos de saúde e a conselho médico, onde permanece até hoje e apenas com a sua magra reforma (aposentadoria).
As suas faculdades mediúnicas são extraordinárias, Sua mediunidade (capacidade natural de ser intermediário entre o plano material e o plano espiritual) manifestou-se, quando tinha 4 anos de idade, pela clarividência e clariaudiência, pois via e ouvia os Espíritos e conversava com eles sem a mínima suspeita de que não fossem homens normais do nosso mundo. Já como jovem e depois como adulto, muitas vezes não diferencia de imediato os homens dos Espíritos. Aos 5 anos, já órfão de mãe, esta manifestou-se várias vezes junto dele encorajando-o e dizendo-lhe que não poderia ir para casa porque estava em tratamento, mas que enviaria um bom anjo que juntaria novamente a família. Esse bom anjo foi a D. Cidália, a segunda esposa de João Xavier, que para casar com o seu pai fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe daria depois mais cinco irmãos.
Quando tinha 17 anos, fundou-se o grupo espírita Luiz Gonzaga , onde rapidamente desenvolveu a psicografia, isto é, a faculdade de escrever mensagens dos Espíritos. Época em que se desligaria da Igreja Católica onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele, designadamente a perseguição de espíritos inferiores de que era alvo. O padre que o ouvia nas confissões foi um conselheiro, um verdadeiro pai e não o dissuadiu do caminho que iniciou no Espiritismo, mas abençoou-o e nunca deixou de ser seu amigo.
No centro espírita começou a psicografar poemas notáveis de famosos poetas mortos, num nível literário tão elevado que os próprios companheiros do grupo não conseguiam atingir integralmente o seu conteúdo. Muitos desses poetas eram totalmente desconhecidos do meio, nomeadamente alguns portugueses: António Nobre, Antero de Quental, Guerra Junqueira e João de Deus. A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo.
O estilo dos 56 poetas mortos, entre os quais vários portugueses, era precisamente idêntico ao estilo dos mesmos enquanto vivos, informavam os literatos das academias e universidades dos grandes centros culturais do Brasil, embora não soubessem explicar o fenômeno. Seria o início da sua imponente obra mediúnica que hoje já ultrapassa os 350 livros.
Bastava apenas um desses livros para constituir um roteiro seguro para o homem na Terra rumo à sua alforria, à sua felicidade. Seus ensinamentos revivem plenamente o Evangelho de Jesus e as lições do Consolador que Kardec -- o discípulo fiel de Jesus -- nos legou com tanto sacrifício e renúncia.
Mas de mil entidades espirituais nos deram informações através das suas abençoadas mãos, provando à saciedade a imortalidade do Espírito e a sua comunicabilidade com os homens. Mas falar de Chico Xavier é falar de EMMANUEL que indelevelmente estará ligado à sua missão. Esse venerando Espírito é o seu protetor espiritual e manifestou-se-lhe pela primeira vez de forma ostensiva em 1931, acompanhado-o desde então até hoje. A respeito desse Benfeitor espiritual nos diz o próprio médium:
Lembro-me de que num dos primeiros contactos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquece-lo.
Emmanuel propõe ainda ao jovem Xavier mais três condições para com ele trabalhar: 1ª condição, DISCIPLINA 2ª condição, DISCIPLINA, 3ª condição, DISCIPLINA.
Entre as muitas dezenas de obras mediúnicas de Emmanuel, destacamos os cinco documentos históricos, retirados dos arquivos do plano espiritual, que constituem autênticas obras primas de literatura, e que nos mostram o nascimento do cristianismo e a sua paulatina adulteração logo nos primeiros séculos da era. São os romances mediúnicos baseados em fatos verídicos: HÁ 2000 ANOS ... (a autobiografia de Emmanuel, a história do orgulhoso senador romano Publico Lentulus), 50 ANOS DEPOIS , AVE, CRISTO , RENÚNCIA e PAULO E ESTEVÃO (a história de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante ). Esta última obra, de 553 paginas, por si só justificaria a missão mediúnica de Chico Xavier, segundo o erudito J. Herculano Pires.
Em 1943 começara a utilizar a mediunidade do abnegado médium uma nova entidade espiritual que assinará as suas mensagens com o nome André Luiz. Quem não conhece, mesmo aqui em Portugal, a quadra:
Não se irrite. SORRIA
Não critique. AUXILIE
Não grite. CONVERSE
Não acuse. AMPARE
André Luiz é o pseudônimo utilizado por um espírito que foi médico e cientista na sua última existência e que desencarnou numa clínica do Rio de Janeiro pelo início da década de trinta. É considerado o verdadeiro repórter de além-túmulo. Relata-nos numa séria de 11 livros a experiência do seu pensamento, as dificuldades iniciais, o reencontro com familiares e conhecidos que o precederam na partida para o plano espiritual a observação e as expedições de estudo junto de Espíritos de elevada evolução. Esses relatos começam com o já célebre, livro NOSSO LAR (nome duma cidade do plano espiritual), hoje traduzido em vários idiomas, entre eles o Japonês e o Esperanto e que já vai na 40ª edição em Português, com 800.000 exemplares editados até hoje. Obra que também iria causar e ainda causa uma certa polemica. Nessa série de reportagens a alma humana é profundamente escalpelizada, e onde se confirma na prática os ensinamentos que Jesus nos legou há dois milênios atrás e que Kardec relembra e amplia tão bem sob orientação do Espírito de Verdade. Um dia, no futuro, os médicos, os psicólogos, os sociólogos, etc., ficarão admirados pela sabedoria neles contida, que já no século XX se encontrava no Planeta, apontando diretrizes segura para a felicidade e paz entre os homens.
A obra monumental de Chico Xavier que se considera, segundo suas próprias palavras: um servidor humilde -- humilde no sentido da desvalia pessoal , jamais serviu para beneficiar materialmente a sua pessoa. Todos os direitos autorais foram cedidos graciosamente a instituições espíritas, nomeadamente à Federação Espírita Brasileira, e a instituições de solidariedade social. Quando as autoridades públicas lhe concedem títulos de cidadania (mais de cem já lhe foram concedidos) diz que o mérito não é para ela mas para os Espíritos e sobretudo para a Doutrina Espírita que revive os ensinamentos de Jesus na sua plenitude e que ele não passa de um poste obscuro para a colocação do aviso de que a Doutrina Espírita foi premiada com essas considerações públicas .
Há que registrar também que várias centenas de instituições de solidariedade social forma criadas e inspiradas no seu exemplo e obra: orfanatos, escolas para os pobres, lares de deficientes, sopas dos pobres, campanhas do quilo, ambulatórios médicos, alfabetização de adultos, bibliotecas, etc., etc.
Antes de encerrarmos estas notas gostaríamos de registrar ainda o seu ponto de vista em relação às outras doutrinas, filosofias e ideologias, aliás que são o do próprio Espiritismo, mas passemos-lhe novamente a palavra:
Nosso amigo espiritual, Emmanuel, nos aconselha a respeitar crenças, preconceitos, pontos de vista e normas de quaisquer criaturas que não pensem como nós, mas adverte-nos que temos deveres intransferíveis para com a Doutrina Espírita e que precisamos guardar-lhe a limpidez e a simplicidade com dedicação sem intransigências e zelo sem fanatismo .
Estes são alguns dos traços biográficos desse abnegado bem-feitor que renunciou a tudo para que o mundo seja um pouco melhor e que dá pelo nome simples de Chico Xavier.
Filho de um operário pobre e inculto, João Cândido Xavier, e de uma lavadeira chamada Maria João de Deus, falecida em 1915, quando o filhinho contava apenas com 5 anos de idade. Na altura tinha mais 8 irmãos, tendo todos sido distribuídos por vários familiares e pessoas amigas. Como órfão de mãe em tenra idade, sofreu muito em casa de pessoas de precária sensibilidade.
Aos nove anos seu pai, já casado novamente, empregou-o como aprendiz numa indústria de fiação e tecelagem. De manhã, até às 11 horas, freqüentava a escola primária pública, depois trabalhava na fábrica até às 2 horas da madrugada. Aprendeu mal a ler e a escrever. Quando concluiu o pequeno curso da escola pública empregou-se como caixeiro numa loja e mais tarde como ajudante de cozinha e café.
Em 1933 o Dr. Rômulo Joviano, administrado da Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, deu ao Jovem Xavier uma modesta função na Fazenda e lá se tornou um pequeno funcionário público em 1935, tendo trabalhado consecutivamente até finais dos anos cinqüenta, altura em que foi aposentado por invalidez (doença incurável nos olhos), com a categoria de escrevente datilógrafo . Não podemos deixar de registrar, sob pena de cometermos grave omissão, que durante as décadas que esteve ao serviço do Ministério da Agricultura, jamais -- não obstante a sua precária saúde e trabalho doutrinário, fora das horas de serviço -- deu uma única falta ou gozou qualquer tipo de licença, conforme documentos facultados pelo M. A. Em finais da mesma década de cinqüenta, vai residir em Uberaba - MG, por motivos de saúde e a conselho médico, onde permanece até hoje e apenas com a sua magra reforma (aposentadoria).
As suas faculdades mediúnicas são extraordinárias, Sua mediunidade (capacidade natural de ser intermediário entre o plano material e o plano espiritual) manifestou-se, quando tinha 4 anos de idade, pela clarividência e clariaudiência, pois via e ouvia os Espíritos e conversava com eles sem a mínima suspeita de que não fossem homens normais do nosso mundo. Já como jovem e depois como adulto, muitas vezes não diferencia de imediato os homens dos Espíritos. Aos 5 anos, já órfão de mãe, esta manifestou-se várias vezes junto dele encorajando-o e dizendo-lhe que não poderia ir para casa porque estava em tratamento, mas que enviaria um bom anjo que juntaria novamente a família. Esse bom anjo foi a D. Cidália, a segunda esposa de João Xavier, que para casar com o seu pai fez questão de reunir todos os filhos do primeiro casamento e lhe daria depois mais cinco irmãos.
Quando tinha 17 anos, fundou-se o grupo espírita Luiz Gonzaga , onde rapidamente desenvolveu a psicografia, isto é, a faculdade de escrever mensagens dos Espíritos. Época em que se desligaria da Igreja Católica onde deu os primeiros passos na espiritualidade, mas onde não encontrava explicação para os fenômenos que se passavam com ele, designadamente a perseguição de espíritos inferiores de que era alvo. O padre que o ouvia nas confissões foi um conselheiro, um verdadeiro pai e não o dissuadiu do caminho que iniciou no Espiritismo, mas abençoou-o e nunca deixou de ser seu amigo.
No centro espírita começou a psicografar poemas notáveis de famosos poetas mortos, num nível literário tão elevado que os próprios companheiros do grupo não conseguiam atingir integralmente o seu conteúdo. Muitos desses poetas eram totalmente desconhecidos do meio, nomeadamente alguns portugueses: António Nobre, Antero de Quental, Guerra Junqueira e João de Deus. A 9 de Julho de 1932, seria publicada a célebre PARNASO DE ALÉM-TÚMULO , a sua primeira obra psicografada que iria abalar os meios intelectuais do Brasil e tornar conhecida a pacata Pedro Leopoldo.
O estilo dos 56 poetas mortos, entre os quais vários portugueses, era precisamente idêntico ao estilo dos mesmos enquanto vivos, informavam os literatos das academias e universidades dos grandes centros culturais do Brasil, embora não soubessem explicar o fenômeno. Seria o início da sua imponente obra mediúnica que hoje já ultrapassa os 350 livros.
Bastava apenas um desses livros para constituir um roteiro seguro para o homem na Terra rumo à sua alforria, à sua felicidade. Seus ensinamentos revivem plenamente o Evangelho de Jesus e as lições do Consolador que Kardec -- o discípulo fiel de Jesus -- nos legou com tanto sacrifício e renúncia.
Mas de mil entidades espirituais nos deram informações através das suas abençoadas mãos, provando à saciedade a imortalidade do Espírito e a sua comunicabilidade com os homens. Mas falar de Chico Xavier é falar de EMMANUEL que indelevelmente estará ligado à sua missão. Esse venerando Espírito é o seu protetor espiritual e manifestou-se-lhe pela primeira vez de forma ostensiva em 1931, acompanhado-o desde então até hoje. A respeito desse Benfeitor espiritual nos diz o próprio médium:
Lembro-me de que num dos primeiros contactos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e disse mais que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquece-lo.
Emmanuel propõe ainda ao jovem Xavier mais três condições para com ele trabalhar: 1ª condição, DISCIPLINA 2ª condição, DISCIPLINA, 3ª condição, DISCIPLINA.
Entre as muitas dezenas de obras mediúnicas de Emmanuel, destacamos os cinco documentos históricos, retirados dos arquivos do plano espiritual, que constituem autênticas obras primas de literatura, e que nos mostram o nascimento do cristianismo e a sua paulatina adulteração logo nos primeiros séculos da era. São os romances mediúnicos baseados em fatos verídicos: HÁ 2000 ANOS ... (a autobiografia de Emmanuel, a história do orgulhoso senador romano Publico Lentulus), 50 ANOS DEPOIS , AVE, CRISTO , RENÚNCIA e PAULO E ESTEVÃO (a história de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante ). Esta última obra, de 553 paginas, por si só justificaria a missão mediúnica de Chico Xavier, segundo o erudito J. Herculano Pires.
Em 1943 começara a utilizar a mediunidade do abnegado médium uma nova entidade espiritual que assinará as suas mensagens com o nome André Luiz. Quem não conhece, mesmo aqui em Portugal, a quadra:
Não se irrite. SORRIA
Não critique. AUXILIE
Não grite. CONVERSE
Não acuse. AMPARE
André Luiz é o pseudônimo utilizado por um espírito que foi médico e cientista na sua última existência e que desencarnou numa clínica do Rio de Janeiro pelo início da década de trinta. É considerado o verdadeiro repórter de além-túmulo. Relata-nos numa séria de 11 livros a experiência do seu pensamento, as dificuldades iniciais, o reencontro com familiares e conhecidos que o precederam na partida para o plano espiritual a observação e as expedições de estudo junto de Espíritos de elevada evolução. Esses relatos começam com o já célebre, livro NOSSO LAR (nome duma cidade do plano espiritual), hoje traduzido em vários idiomas, entre eles o Japonês e o Esperanto e que já vai na 40ª edição em Português, com 800.000 exemplares editados até hoje. Obra que também iria causar e ainda causa uma certa polemica. Nessa série de reportagens a alma humana é profundamente escalpelizada, e onde se confirma na prática os ensinamentos que Jesus nos legou há dois milênios atrás e que Kardec relembra e amplia tão bem sob orientação do Espírito de Verdade. Um dia, no futuro, os médicos, os psicólogos, os sociólogos, etc., ficarão admirados pela sabedoria neles contida, que já no século XX se encontrava no Planeta, apontando diretrizes segura para a felicidade e paz entre os homens.
A obra monumental de Chico Xavier que se considera, segundo suas próprias palavras: um servidor humilde -- humilde no sentido da desvalia pessoal , jamais serviu para beneficiar materialmente a sua pessoa. Todos os direitos autorais foram cedidos graciosamente a instituições espíritas, nomeadamente à Federação Espírita Brasileira, e a instituições de solidariedade social. Quando as autoridades públicas lhe concedem títulos de cidadania (mais de cem já lhe foram concedidos) diz que o mérito não é para ela mas para os Espíritos e sobretudo para a Doutrina Espírita que revive os ensinamentos de Jesus na sua plenitude e que ele não passa de um poste obscuro para a colocação do aviso de que a Doutrina Espírita foi premiada com essas considerações públicas .
Há que registrar também que várias centenas de instituições de solidariedade social forma criadas e inspiradas no seu exemplo e obra: orfanatos, escolas para os pobres, lares de deficientes, sopas dos pobres, campanhas do quilo, ambulatórios médicos, alfabetização de adultos, bibliotecas, etc., etc.
Antes de encerrarmos estas notas gostaríamos de registrar ainda o seu ponto de vista em relação às outras doutrinas, filosofias e ideologias, aliás que são o do próprio Espiritismo, mas passemos-lhe novamente a palavra:
Nosso amigo espiritual, Emmanuel, nos aconselha a respeitar crenças, preconceitos, pontos de vista e normas de quaisquer criaturas que não pensem como nós, mas adverte-nos que temos deveres intransferíveis para com a Doutrina Espírita e que precisamos guardar-lhe a limpidez e a simplicidade com dedicação sem intransigências e zelo sem fanatismo .
Estes são alguns dos traços biográficos desse abnegado bem-feitor que renunciou a tudo para que o mundo seja um pouco melhor e que dá pelo nome simples de Chico Xavier.
O que é e o que não é Espiritismo
Existe uma
confusão muito grande a respeito do que é ou não é Doutrina Espírita ou
Espiritismo. Isto porque há pessoas que não sabem que as palavras
"espírita" e "espiritismo" foram criadas em 1857, na
França, pelo codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec. Somente deveriam
utilizarem-se destes termos os locais religiosos ou pessoas que seguissem os
postulados desta doutrina.
Assim, cultos e religiões que de alguma forma têm em suas práticas a comunicação de Espíritos e a crença na reencarnação são confundidas erroneamente com o Espiritismo.
Na verdade, embora mereçam todo o respeito dos espíritas verdadeiros, estas seitas são adeptas do espiritualismo ou esoterismo, e não do Espiritismo.
Todos aqueles que acreditam na existência do Espírito são espiritualistas. Mas nem todos os espiritualistas são espíritas, praticantes do Espiritismo.
Para que uma casa religiosa seja espírita, ela deve seguir os ensinamentos contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita e no Evangelho de Jesus. Geralmente, os locais espíritas recebem o nome de: Centro, Grupo, Casa, Sociedade, Instituição ou Núcleo Espírita. Deve ser legalmente constituído, de acordo com as leis vigentes no país em que está instalado. Mesmo ostentando este nome, quem os visita necessita estar atento para quais as atividades e as formas como as mesmas são praticadas por seus dirigentes e auxiliares.
Visando ajudar àqueles que não conhecem o Espiritismo, mostraremos abaixo o que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira.
Palestras: todo centro espírita tem o seu momento de
esclarecimento doutrinário. As exposições geralmente são sobre a Codificação
espírita e o Evangelho de Jesus, em uma ligação direta com nosso cotidiano. Não
há nenhum ritual antes dos trabalhos, a não ser uma prece evocando a proteção
de Jesus e dos bons Espíritos (geralmente, a oração é feita em pensamento). Em
algumas oportunidades, antes ou no final das palestras, alguns grupos fazem a
apresentação de corais musicais, quase sempre formados por grupos de jovens. Porém,
este tipo de procedimento não é aconselhável, sendo indicado que seja praticado
em datas e horários diferentes dos trabalhos espirituais e de esclarecimento ao
público, exatamente para se evitar confusões e mal-entendidos.
Explanações e orações
ao som de músicas, batuques, atabaques: o Espiritismo não utiliza instrumentos
musicais para exortar o público ou evocar Espíritos. Não há o uso de qualquer
instrumento durante os trabalhos.
Trajes normais: os trabalhadores de uma casa espírita
trajam-se normalmente, de forma simples. A discrição deve fazer parte dos que
trabalham no local, pois ali estão para auxiliar as pessoas que buscam
orientação para seus problemas materiais e espirituais.
Trajes especiais: o Espiritismo não tem roupas especiais
para os dias de trabalhos ou mesmo no dia-a-dia das seus adeptos. Enfeites,
amuletos, colares, vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o
mal (negra, vermelha) não têm fundamento para o espírita.
Inexistência de
rituais, amuletos e imagens: o verdadeiro centro espírita não pratica
em suas atividades nenhum tipo de ritual. A Doutrina Espírita segue o que o
Mestre Jesus ensinou: que Deus é Espírito, e deve ser adorado em espírito e
verdade. Portanto, sem a necessidade de nada material para contatarmos com a
espiritualidade.
Presença de rituais
como: ajoelhar-se frente a algo ou alguém, beijar a mão ou louvar os
responsáveis pela casa, benzer-se, sentar-se no chão ou ficar levantando e
sentando durante os trabalhos, proferir determinadas palavras (mantras) para
evocar os Espíritos. Nas sedes dos verdadeiros centros espíritas não são
encontradas imagens de santos ou personalidades do movimento espírita, amuletos
de sorte, figuras que afastam ou atraem maus Espíritos, incensos, velas e tudo
o mais que seja material e que teoricamente serviria de ligação com o mundo
espiritual. Animais para
sacrifício: o local que possui este tipo de prática ou
decoração não é espírita. O Espiritismo é contrário a qualquer tipo de
sacrifício animal. Espíritos que pedem este tipo de atividade são Espíritos
atrasados, ignorantes da Lei de Deus e muitas vezes maléficos, que podem
prejudicar a vida de quem dá ouvidos aos seus baixos desejos.
Comunicação
particular com os Espíritos: os grupos espíritas têm reuniões específicas
e íntimas para que os trabalhadores da casa, aptos e preparados durante longos
estudos para tal, possam comunicar-se com os Espíritos. E através deles, obter
informações do mundo espiritual, orientações e mesmo ajudar no afastamento de
perturbações espirituais que porventura estejam prejudicando alguém. Todo este
cuidado baseia-se na orientação dos próprios Espíritos superiores, responsáveis
pela elaboração do Espiritismo, como também no alerta de João, o Evangelista,
que em sua 1ª Epístola, capítulo IV, versículo 1, diz: "Amados, não
creiais em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus".
Agindo assim, o centro espírita evita o máximo possível a influência de
Espíritos zombeteiros e maldosos, que muitas vezes vêem neste contato com os
encarnados a oportunidade de tecer comentários mentirosos e doutrinas
esdrúxulas. A seriedade de reuniões fechadas os intimida, favorecendo a
presença dos Espíritos esclarecidos.
Há alguns tipos de trabalhos mediúnicos, principalmente de psicografia (escrita dos Espíritos através de médiuns), onde pessoas levam até lá o nome de entes desencarnados para tentarem a comunicação dos mesmos através da mediunidade, e ficam observando a manifestação. O médium Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, da cidade mineira de Uberaba, é um destes exemplos. Porém, nestes casos, o Espírito não se comunica diretamente com seu parente. Apenas influencia o médium, que escreverá, de forma discreta e ordenada, a mensagem do além.
Há alguns tipos de trabalhos mediúnicos, principalmente de psicografia (escrita dos Espíritos através de médiuns), onde pessoas levam até lá o nome de entes desencarnados para tentarem a comunicação dos mesmos através da mediunidade, e ficam observando a manifestação. O médium Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, da cidade mineira de Uberaba, é um destes exemplos. Porém, nestes casos, o Espírito não se comunica diretamente com seu parente. Apenas influencia o médium, que escreverá, de forma discreta e ordenada, a mensagem do além.
Comunicação de
Espíritos em público: a Doutrina Espírita é contrária a este
tipo de manifestação, cercada geralmente de curiosidades e interesses
materiais, ao invés do bom senso que deve permear toda comunicação espiritual.
Há locais em que os médiuns recebem seus "guias" ou "Espíritos
protetores", teoricamente responsáveis pelo funcionamento da casa, e
orientam os consulentes sobre qualquer tipo de dúvida. Muitas vezes, as
respostas dadas por este tipo de Espírito não têm base científica ou
doutrinária alguma, seguindo apenas seu próprio conhecimento, que pode ser
limitado. Em vários destes lugares em que há a manifestação pública, as
entidades espirituais são servidas de fumo, bebida, comida, ingeridas pelo
médium incorporado. Com isso, mostram a limitação destes Espíritos, ainda muito
apegados aos vícios e prazeres materiais.
Desenvolvimento
cauteloso da mediunidade: a Doutrina Espírita explica que todo ser
vivo tem mediunidade, pois é através dela que os encarnados recebem influências
boas e más do mundo espiritual, que servirão de ajuda ou aprendizado no
decorrer de suas existências terrenas. São chamados de médiuns aqueles capazes
de proporcionar a manifestação dos espíritos. O Espiritismo adverte que para
poder ampliar esta ligação com o mundo espiritual, é necessário que o médium
passe por uma série de preparativos. Anos de estudo, maturidade, modificação
moral constante, vida regrada, abstendo-se dos vícios mais grosseiros, como o
fumo e a bebida, são algumas das regras básicas para que o indivíduo possa vir
a desenvolver sua mediunidade, e estão contidas em "O Livro dos Médiuns"
. Os centros espíritas verdadeiros não aconselham a pessoa a trabalhar
mediunicamente sem antes passar por este período e preparação citados. Muito
menos diz que alguém "precisa" desenvolver a mediunidade. Ninguém é
obrigado a nada, afirma a Doutrina. Todos têm seu livre-arbítrio, e mesmo que o
ser tenha um canal mediúnico amplo, próprio para o desenvolvimento da
mediunidade, e não quiser desenvolvê-lo, não há problema. Tudo o que é forçado
é prejudicial ao homem.
Desenvolvimento
mediúnico forçado: se ao chegar em um ambiente espiritualista
lhe afirmarem que sua mediunidade "precisa" ser desenvolvida, caso
contrário você sofrerá as conseqüências materiais e espirituais; sua vida será
um transtorno; que os Espíritos estão lhe chamando para o trabalho; que esta é
a sua missão; com certeza este não é um local que segue a Doutrina Espírita. Há
seitas e religiões afro-brasileiras que obrigam a pessoa a desenvolver-se
mediunicamente e depois as ameaçam com terríveis problemas futuros se elas
deixarem de "trabalhar". Isto gera angústia, medo e desespero nos
envolvidos, que geralmente acabam vítimas de graves obsessões (influência
maléfica persistente de um Espírito atrasado sobre outro ser). Cuidado!
Não há promessas de
curas: o verdadeiro centro espírita não promete a cura para quem o
procura. A Doutrina afirma que a cura de uma influência espiritual ou doença
material depende de uma série de fatores, entre os quais a modificação moral do
enfermo, sua necessidade, seus problemas relacionados com encarnações
anteriores e acima de tudo, se há ou não a permissão de Deus para que haja a
solução da dificuldade. Muitas vezes, o sofrimento é um período necessário para
o ser refletir sobre sua existência, e o único que sabe quando é a hora disso
terminar é o Criador.O que o centro espírita faz é um pronto-socorro aos
necessitados de amparo e esclarecimento, é de todas as formas possíveis
(orações, tratamentos espirituais, passes, orientações morais e materiais)
tenta minimizar o sofrimento alheio, rogando a Jesus que se o Pai permitir, que
interceda junto ao indivíduo.
Promessas de cura: qualquer lugar que prometa a cura de
problemas espirituais ou materiais, sem levar em consideração os fatores já
citados, não é um local espírita. Condicionar uma cura à freqüência exclusiva
naquele ambiente, ao pagamento de dinheiro ou bens materiais, ou mesmo à
"força da casa" não tem base no Espiritismo e foge do bom senso que
regula as leis de Deus. Estas, não podem ser modificadas de acordo com nossa
vontade. Por isso, prometer algo que não depende apenas de nós mesmos beira a
irresponsabilidade e pode levar a pessoa desesperada ao desequilíbrio total ou
à descrença em Deus.
Passes simples: o passe é um método utilizado dentro dos
centros espíritas. Nada mais é do que a simples imposição das mãos de médiuns
sobre a fronte de outras pessoas, transmitindo-lhes fluidos magnéticos e
espirituais (energias positivas do próprio médium e de bons Espíritos), no
intuito de fortalecer-lhes o corpo e a parte espiritual. Tem duração em média
de 30 segundos a 01 minuto. Geralmente, é aplicado dentro de salas específicas,
após a palestra, individual ou coletivamente, com o público sentado e o
passista de pé. Apenas são feitas orações, em pensamento, pelos médiuns,
rogando o amparo de Jesus àqueles que estão recebendo os fluidos. Os passistas
não ficam incorporados pelos Espíritos, apenas recebem sua influência mental e
fluídica.Importante: nunca há necessidade do passista tocar a pessoa que recebe
o passe. Toques, apertos, carícias têm grandes possibilidades de serem
mal-interpretados, gerando confusões, e por isso são dispensados no centro
espírita.
Passes com
movimentos: locais em que os passes são aplicados com
movimentos bruscos, utilizando objetos, baforadas de cigarro ou charuto,
estalando-se os dedos, repetindo mantras e cânticos, tocando várias partes do
corpo do receptor não são centros espíritas. Passistas que transmitem os passes
incorporados por entidades, fazendo orientações ou conversando normalmente, não
são médiuns espíritas.
Todo o serviço
espiritual é gratuito: o verdadeiro centro espírita não cobra
nenhuma orientação ou ajuda espiritual de seu público, nem condiciona o
recebimento de curas ou salvação às doações. Dar de graça o que de graça
receber, ensinou Jesus, em alusão aos conhecimentos espirituais. Não aceita
dinheiro por serviços prestados mediunicamente. Seus dirigentes e trabalhadores
têm profissões próprias, que lhes dão o sustento financeiro necessário para
suas vidas. Quem sustenta materialmente a casa espírita são seus trabalhadores,
através de doações mensais, destinadas ao pagamento de aluguéis, manutenção,
divulgação doutrinária e aquisição de alimentos, roupas e demais objetos a
serem distribuídos às famílias carentes ou instituições filantrópicas que sejam
assistidas pelo grupo. Todo valor arrecadado será exposto em balanços mensais,
para que tanto trabalhadores como freqüentadores tenham acesso sobre onde é
investido o dinheiro do centro espírita. Caso algum freqüentador da casa queira
doar algo ao núcleo, é preferível que a doação seja feita em gêneros
alimentícios, roupas, materiais de construção e afins, que poderão ser
destinados aos carentes ou mesmo utilizados na manutenção da casa. Se houver
por algum motivo uma doação em dinheiro, o centro espírita deverá fornecer um
recibo ao doador e inscrever esta doação no balanço mensal do grupo.
Cobrança pela ajuda
espiritual: todo local que cobra dinheiro, favores ou
exige qualquer coisa ou favor material devido à ajuda espiritual prestada não é
um centro espírita. A cobrança financeira é própria de pessoas que vivem da
exploração da crença alheia, contrariando os ensinos de Jesus. Há seitas que
pedem dinheiro aos seus assistidos afirmando que será usado para o feitio de
trabalhos espirituais, como a compra de velas, comida, roupas e coisas do
gênero. Isso não é Espiritismo. Espíritos que se prestam a fazer serviços
espirituais em troca de coisas materiais são entidades atrasadas, que nada de
bom podem trazer aos que os procuram.
Não podemos comprar a paz de espírito e tranqüilidade que buscamos, é isto que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não é um ambiente espírita.
Não podemos comprar a paz de espírito e tranqüilidade que buscamos, é isto que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não é um ambiente espírita.
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