terça-feira, 25 de setembro de 2012

livro: Obsessão pelo corpo perfeito

livro: Obsessão pelo corpo perfeito: Obsessão pelo corpo perfeito Todo mundo já se pegou algum dia à frente do espelho reclamando do nariz que é muito grande, do cabelo ...

Obsessão pelo corpo perfeito



Obsessão pelo corpo perfeito

Todo mundo já se pegou algum dia à frente do espelho reclamando do nariz que é muito grande, do cabelo que é crespo ou liso demais, da altura que poderia ser um bocadinho a mais ou a menos, da barriga que insiste em não diminuir. Estar insatisfeito com a própria imagem é normal até que ultrapasse o limite do aceitável e passe a ser uma preocupação obsessiva com formas perfeitas e insatisfação permanente com o próprio corpo, ocupando os pensamentos e comportamentos da pessoa na maior parte do dia.
Estes são sintomas de uma doença que só recentemente (1987) começou a ser estudada a fundo pela Associação Psiquiátrica Americana, que lhe deu um nome um tanto complicado: desordem dismórfica do corpo, ou DDC.
Pequenas imperfeições como culotes, manchinhas na pele ou músculos pouco proeminentes, que outras pessoas convivem sem muitas dificuldades, para aquelas que sofrem desse distúrbio viram fonte da mais profunda angustia e vergonha. Elas são incapazes de se aceitar dessa maneira, pois acreditam serem portadoras de enormes defeitos que as diferenciam e as impedem de ser iguais aos outros.  Sentem como se todo mundo reparasse nos seus defeitos, pois acreditam que eles chamam demais a atenção. Na verdade, só elas não percebem que tudo é fruto da própria fantasia.
Como resultado, tornam-se escravos de exercícios físicos, de dietas ou cirurgias plásticas e procuram esconder e disfarçar a todo custo determinadas partes do corpo, com roupas largas, mangas compridas, algumas jamais usam um vestido ou shorts, pois não aceitam uma imagem que seja diferente da perfeição de uma Barbie ou de um Ken (o namorado da Barbie).

Num estágio mais avançado, o paciente corre o risco de desenvolver depressão, fobia social (não sai mais de casa) e transtornos alimentares (anorexia – não come ou bulimia – come, mas depois tenta se livrar das calorias ingeridas, provocando o vômito ou malhando em exagero), além, de apresentar comportamentos compulsivos (controla exageradamente as calorias que ingere, tenta ultrapassar os limites do corpo nos exercícios, não sai de casa sem antes checar cada milímetro de sua aparência, passa horas à frente do espelho, mas está sempre inseguro com respeito a sua imagem).
Apesar de só ter sido recentemente nomeada, desde o século XIX casos semelhantes foram registrados, mas naquela época, recebiam o nome de “feiúra imaginária”. 

Esta doença se desenvolve durante a adolescência, mas devido à dificuldade de identificá-la como tal, a maioria dos pacientes só procura ajuda quando já está com 40 ou 50 anos. Portanto, precisamos ficar de olhos bem abertos com relação aos nossos filhos adolescentes e discernir quando a insatisfação com a própria imagem descamba para o patológico.
Importante é perceber que a DDC não pode ser caracterizada, apenas porque pessoas se preocupam com o peso e a musculatura. Ser vaidoso e zeloso da própria aparência, não é pecado. Faz-se necessário que elas tenham simultaneamente vários comportamentos já citados e que se perceba que elas sofrem muito por causa da imagem, deixando de viver normalmente em prol de um perfeccionismo que nunca vai ser alcançado, pois é irracional.

A causa deste distúrbio pode ter origem múltipla, como modificações da química do cérebro, fatores psicológicos e sócio-culturias.
É verdade que a sociedade de hoje oprime homens e mulheres quando propõe como sinônimo de beleza, medidas corporais irreais que estão fora do alcance da maioria da população. Este modelo contamina até crianças, que imitando o comportamento dos pais se preocupam com coisas que não deveriam fazer parte do universo infantil. Mas, desorienta principalmente os adolescentes que por estarem em fase de transformação tanto física quanto psíquica, sofrem demais na busca da imagem ideal. Acreditam eles que só assim serão aceitos socialmente e fantasiam, principalmente as meninas, poderem se transformar em top models famosas, que além de bonitas são também profissionais muito bem sucedidas economicamente. Esta é a grande ilusão que algumas jovens mesmo sem os atributos físicos adequados perseguem sem cessar.
São mais predispostos a esta doença, indivíduos que traduzem sua baixa auto-estima em perfeccionismo. Pessoas perfeccionistas acreditam que só sendo perfeitos serão dignas de ser amadas.  Passam a seguir um modelo cuja referência não está dentro delas e sim fora, na moda, nas outras pessoas, pois são os outros que irão dizer a elas se estão à altura da perfeição que perseguem. Nunca se permitindo ser elas mesmas, mas sempre uma cópia do que elegem como certo. Desta maneira, passam a vida se esforçando e ao mesmo tempo se recriminando pela incapacidade de estar à altura de suas aspirações. Ao fazer isso, lutam por alguma coisa que está acima delas, em vez de procurarem saber o que realmente existe dentro do próprio ser. 
Para o tratamento, recomenda-se psicoterapia onde o paciente será convidado a fazer uma jornada para dentro de si mesmo. Então, à medida que vai conhecendo como ele realmente é, e descobrindo como ser verdadeiro com ele mesmo, paulatinamente vai percebendo que pode deixar de lado toda e qualquer idéia predeterminada que ele tinha e que o mantinha cativo. Isso significa responder algumas perguntas como: O que eu realmente quero fazer? O que meu coração ama? O que eu quero aprender? Para onde eu quero ir?  Assim procedendo vai reaprendendo a fazer escolhas honestas que têm a ver com o que ele realmente deseja, usando mais frases tais como: “Eu quero o vermelho e não o branco, quero este tipo de roupa e não aquela...

Irá aprendendo que aceitar os próprios defeitos é o primeiro passo para começar a se amar e aceitar e amar aos outros. Aprenderá que os defeitos, assim como as qualidades fazem a singularidade de cada um e que quanto mais natural e espontâneo ele for, mais perto da perfeição estará, pois perfeição é tudo que é completo e íntegro.

Além do que, já pensou que tédio se fôssemos todos iguais???

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

livro: Os 10 erros que os pais cometem e afastam os filho...

livro: Os 10 erros que os pais cometem e afastam os filho...: A adolescência é um período complicado para pais e filhos. As relações ficam mais difíceis, as preocupações aumentam e é preciso administr...

Os 10 erros que os pais cometem e afastam os filhos adolescentes


A adolescência é um período complicado para pais e filhos. As relações ficam mais difíceis, as preocupações aumentam e é preciso administrar com calma essa fase cheia de experiências novas para os jovens. Para evitar o distanciamento, duas especialistas listam dez erros comuns, cometidos pelos pais, em relação aos adolescentes.
1º ERRO: não entender que os filhos cresceram
As crianças são muito ligadas aos pais. Mas, na adolescência, há um afastamento natural, para que os filhos possam testar sua independência e autonomia. E isso não significa que os jovens não gostam mais de seus pais. A psicóloga Marina Vasconcellos explica que os adultos devem entender esse momento e dar mais liberdade (claro, com limites). “Não dá para permitir tudo, mas é um erro impedir que os adolescentes tenham experiências novas, afinal, eles cresceram e precisam disso para a construção da identidade.”
2º ERRO: minimizar as descobertas
Os pais costumam dizer aos filhos que sabem perfeitamente pelo que eles estão passando, pois já viveram tudo aquilo. E, portanto, acham que podem dizer qual é o melhor caminho. Marina diz que isso é um erro. “É preciso respeitar o momento do filho, sem impor seu modo de pensar. Por mais que tenhamos ideia de como é, agora é a vez deles”, diz a psicóloga. “É impossível impedir o sofrimento dos filhos. Todos têm tristezas e dificuldades. Os jovens também.”
3º ERRO: não saber como controlá-los
Os adolescentes se consideram maduros e não gostam de dar satisfações. Mas precisam. E o ideal é fazer com que isso aconteça naturalmente, sem a necessidade de cobrar explicações. De acordo com Marina, “se os adolescentes são tratados com respeito, geralmente, retribuem da mesma maneira”, diz ela. “Pais que julgam bloqueiam os filhos, que se fecham. Em uma relação saudável, as conversas fluem normalmente. Isso inclui falar sobre que estão passando, apresentar os amigos, compartilhar as experiências”. O conselho dela é dar espaço para que o filho se abra, sem que sinta medo de ser julgado. “Quebre o clima de tensão entre vocês com bom humor.” 4º ERRO: exagerar nas cobranças
A adolescência é uma fase de muitas cobranças. Os pais querem que os filhos tenham um bom futuro, estudem, tenham boas companhias, criem responsabilidade, não se envolvam com drogas... A sugestão de Marina é escolher a forma certa de cobrar. “Os pais devem ser afetuosos, senão não funciona. Não podem apenas cobrar. A cobrança precisa ser intercalada com carinho, diversão, momentos descontraídos e diálogos. Muita pressão cansa os dois lados: adolescentes e pais.”
5º ERRO: não saber dar liberdade
Podar demais não dá certo. “Deixe que o seu filho durma na casa dos amigos”, exemplifica Marina Vasconcellos. “Ligue para os pais do amigo, certifique-se de que é seguro e permita”. De acordo com a psicóloga, os pais têm dificuldade para saber qual é o momento certo de permitir que os filhos saiam à noite. “Aos 15 ou 16 anos, eles querem chegar mais tarde em casa. Querem ir para as baladas. Deixe-os ir, mas é importante ir buscá-los, para ver como saem dessa balada (se estão com os olhos vermelhos ou bêbados, por exemplo)”, recomenda a psicóloga. “Combine um horário condizente com a idade e a maturidade do seu filho.”
6º ERRO: demonstrar falta de confiança
Certificar-se de que o seu filho está em segurança é bem diferente de vigiá-lo. De acordo com a psicoterapeuta Cecília Zylberstajn, o filho pensa que, se o pai não confia nele, pode fazer o certo ou o errado, pois não fará diferença. “Investigar exageradamente não estimula a responsabilidade. Gera um clima de desconfiança –e as relações íntimas são baseadas na confiança”, alerta a especialista. “Diga para o seu filho que quer se assegurar de que ele estará bem e informe-se, mas não aja às escondidas.”
7º ERRO: desesperar-se nas crises
Os adolescentes dão trabalho. Mas é essencial agir com cautela. “As reações precisam ser proporcionais aos fatos”, diz Cecília. “Se o seu filho entrou em coma alcoólico é uma coisa, se chega cheirando a bebida é outra. Os pais devem hierarquizar a gravidade dos problemas”. De acordo com a psicóloga, ter uma reação desmedida (ou dar broncas muito frequentes) estimula o filho a mentir. “Para o adolescente, o problema é a bronca. Ele não pondera se suas atitudes podem ser perigosas. Por isso, converse com calma, para entender as razões que o levaram a fazer escolhas erradas. Descubra se é algo frequente e explique as consequências.”
8º ERRO: constranger os filhos
Na adolescência, é comum os filhos terem vergonha dos pais. Tente compreender isso. Cecília explica que os pais são munidos de informações que podem envergonhar o filho diante dos amigos. Particularidades que só os pais sabem, mas que o jovem não quer que sejam reveladas. “Os adultos precisam evitar expor a intimidade dos filhos, pois, muitas vezes, o deixam constrangido. Evite, também, estender muito as conversas com os amigos dele. “Pai e mãe não são amigos. Pais que querem ser amigos não estão sendo bons pais”, alerta Cecília. “A relação precisa ser hierárquica. Isso não significa que tenha de ser ruim. A diferença é que, com amigos, temos relações de igual para igual. Entre pais e filhos não é assim”, diferencia a psicóloga. “Os pais podem ser bacanas, compreensivos, divertidos, mas são pais.”
9º ERRO: colocar seu filho em um altar
Pare de pensar que ninguém está à altura do seu filho. É comum os pais colocarem defeitos em todos os amigos e, principalmente, nos namorados que os adolescentes têm. Cecília lembra que o excesso de julgamento faz com que os filhos se fechem. “O resultado de tantas críticas é que os filhos passam a esconder namorados e amigos dos pais. Eles perdem a vontade de apresentar pessoas com quem convivem e começam a ficar mais na rua do que dentro de casa”, alerta.
10º ERRO: fazer chantagens
Ameaçar cortar a mesada, caso o filho não obedeça, é muito comum. Assim como dizer que, enquanto ele viver às suas custas, não poderá tomar certas atitudes. “Isso é uma chantagem e não educa”, resume Cecília. “Os pais devem explicar as razões que os levam a proibir determinados comportamentos. Com ameaças, o jovem apenas obedece para não perder um benefício”. A psicóloga diz, ainda, que, agindo assim, a relação entre pais e filhos fica muito rasa. “É como beber e dirigir: quem não faz, pois sabe que é perigoso para si e para as outras pessoas, compreende o problema. Quem deixa de fazer apenas por medo da multa, não entende os riscos”, exemplifica.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

livro: RELATOS DE UMA MÃE PARA A SUA FILHA

livro: RELATOS DE UMA MÃE PARA A SUA FILHA: A MINHA FILHA Refletir sobre a dor da alma do ser é algo a ser descoberto a ser vivido só sabemos quando ela se instala em nosso cor...

RELATOS DE UMA MÃE PARA A SUA FILHA


A MINHA FILHA

Refletir sobre a dor da alma do ser é algo a ser descoberto a ser vivido só sabemos quando ela se instala em nosso coração. E ela permanece a nós consumir a nós faz refletir. No decorrer de nossa existência já passamos por dores e sofrimentos que achamos serem insuportáveis que acreditamos não conseguir transpor. Mas certo dia nós deparamos com uma dor que é a pior que já sentimos em nossa vida uma dor que dilacera a alma que nós faz sentir impotentes e pequeno diante dela faz renascer em nós a vontade de poder ser Deus, de podermos ser mais de simples mortais impotentes diante da vida do crescimento de cada um de não poder resolver tudo de não poder evitar que outros sofram de não poder retirar ou transferir a dor de quem amamos para nós. Essa impotência gera um desespero uma dor que jamais pensamos que existisse. Essa dor da alma chamada filho que leva os pais a temer por tudo a sentir-se frágil impotente diante da vida não podemos impedir que nossos filhos sofram que eles cresçam e tenham suas próprias desilusões e decepções, que descubram que o mundo imenso repleto de acontecimentos bons e ruins. Não podemos prendê-los em uma redoma de vidro e evitar que eles sofram as desilusões que a vida oferece. De personagens principais passamos a ser lespectadores de suas vidas não podemos mais impedir não podemos mais protegê-los ampará-los segura-los em nossos braços quando caem e se machuquem. O amor que sentimos por eles não impede que eles sofram o amor que sentimos por eles não os protege das 
experiências que a vida lhe traz. Só podemos sentir o que eles sentem tentando de todas as maneiras arrancarem de dentro deles aquela dor e passar á nós, pois dói mais em nós vê-los sofre e não poder impedir isso. Essa dor e tão intensa que nós matamos nós transformar em seres impotentes quando vemos um filho sofrendo e nada podemos fazer para curar essa dor. Ver um filho chorar por alguma razão faz percebemos que somos apenas pais e não podemos protegê-los da vida da dor das desilusões que sofreram no decorrer de sua existência pensamos um dia sermos onipotentes os nossos filhos, mas somos impotentes diante da vida. Só resta sofrer junto e permanecer ao seu lado segurando sua mão e lhe dizendo ainda que não possa nada fazer para fazê-lo não sentir essa dor quero que saibas que sofro mais junto com você, pois a dor que sentes dói mais em mim que em você por ser apenas uma pessoa igual a você que sofre e ama. Mas sofre a dor de não poder sentir o que sente... A sua dor.
Capitulo I
Assim como você eu também me perdi desorientei-me não sabia o que fazer ou pra onde ir, assim como você o desespero e a raiva me dominaram e o ódio se tornou meu único amigo. Sozinha, encontrei no sentimento que nutria em minha alma, odiei a tudo e a todos.
Às vezes me perguntava por que sentia tanta raiva por que me deixava e esses sentimentos me atormentarem e de onde vinha tanto ódio. Assim foram durante anos e anos de solidão e vazio esses sentimentos fizeram me ter medo da vida de tudo, perdi a esperança e revestida de ódio e amargura segui pela estrada da dor ceguei-me para tudo nada me completava tudo a minha volta era frio e sombrio. Meu mundo era construindo sobre o alicerce da dor e lágrimas a destruição me confortava. Só que com o passar dos anos nem isso mais atenuava a minha dor.
Filha! Como eu estava enganada, precisei sofrer muito, mais do que pensei suportar, viver são tão difíceis às vezes quase impossíveis. Cometi muitos erros, mas te confesso que com eles eu aprendi. Vivi os piores pesadelos que um ser humano pode viver, perdi á fé a esperança mais foi neste momento que você surgiu em minha vida feito um tsunami trazendo consigo medo, pânico desespero, mas esses sentimentos eu podia controlar, pois já fazia parte de minha vida, 
mas entre eles tinha um sentimento que eu não conhecia “o amor de uma mãe para com o seu filho”.
E esse sentimento me fez perder o rumo o chão nele descobri que e mais “fácil sentir ódio do que amor”, de repente tornou-se eu e você. Pensei o que fazer pra onde ir e sem direção se iniciou a nossa jornada. Mesmo você ainda estando em meu ventre, aprendi descobri tudo por intermédio de você não só as mudanças do corpo mais principalmente as mudanças da alma. Redescobri o amor aprendi a lutar a ter fé novamente aprendi a perdoar. Esses sentimentos foram descobertos enquanto lhe carregava em meu ventre.
A raiva que sentia você transformou em amor e pela primeira vez na vida agradeci á Deus por algo “por você” você me deu tudo fez me crescer como pessoa fez me acreditar novamente no amor. Apesar de tudo o que estamos enfrentando nada é mais forte do que o amor que sentimos uma pela outra. Nosso “amor é único verdadeiro forte uma veio para cuidar da outra, somos forte como uma só ‘eu e você” nada existe entre nós todos os obstáculos nos une ainda mais. Você é minha vida meu ontem meu hoje e meu amanhã meu elo minha estrada meu alicerce. Nossas vidas estão ligadas por várias existências e por onde meu espírito estiver lá estará o teu, seja na qualidade de mãe irmã amiga etc.
Agora neste momento rogo á Deus que me oriente que me de uma luz já que me encontro perdida sem saber o que fazer. Pergunto a ele por que você acha que lhe abandonei sempre estou ao seu lado, por que não vem morar comigo?
Sabe estamos vivendo para resgatar erros de outras existências, só hoje eu compreendi o que fiz no passado e só a mim cabe consertar. Eu e você ontem, hoje e amanhã ou enquanto for necessário para o nosso ajustamento. Filha! Maria Eduarda, Teodora, Mercedes etc. sejam lá qual for o nome que já teve nesta ou em outras existências sempre falei com você seja como mãe pai irmã, mas apesar de todos esses erros você aceitou em dar-me mais uma chance para que possa me redimir dos meus erros. Estou tentando me ajustar me aprimorar evoluir, mas esse processo e lento.  Descobri o quanto você e benevolente e caridosa percebi o quanto fui e ainda sou egoísta. Na realidade não te abandonei estou procurando abandonar meus erros para poder “ser mãe”.
Passei por momentos difíceis na gravidez muitas vezes chorei com medo por me sentir insegura e sozinha. Mas hoje não sou mais só tenho você uma criança que depende de mim. Em teus olhos encontrei meu caminho, que será trilhado por nós duas. Na verdade minha vida se iniciou quando você nasceu. Neste momento se iniciou uma nova fase, mudanças começaram a acontecer assim mudamos choramos descobrimos uma com a outra e descobrimos que há vida faz sentido.
No decorrer dessa jornada procurei fazer o melhor de mim fiz tudo o que podia por você trabalhou por horas a fio para poder te dar o melhor sempre a mantive em minha vida assim foram anos e anos dia á dia. Vi aquela garotinha crescer comecei a perceber e entender que precisava ser melhor ser perfeita para ser sua mãe. E foi neste momento que comecei a me perder no intuito der ser a melhor cometi mais erros.
Durante anos sofri por ter medo de não saber ser mãe, por me culpar por tudo, por sentir-me uma fracassada uma inútil, permiti que esse sentimento ofuscasse minha evolução e com isso me tornei frágil. Além de me perder acabei perdendo você e com isso busquei fugir da realidade que me encontrava dos meus erros e errando mais era a única forma que encontrava para me punir.
Como tudo e desastroso quando sentimos a falta de amor quando passamos a acreditar que não somos amados como gostaríamos e o quanto esse sentimento nos faz se sentir perdido e desorientado tornando-nos assim frágil e suscetível de erros e buscamos ter o que acreditamos não ter o que nós faltamos e nessa tentativa nessa busca surgem vários conflitos dentro de nós tudo se torna confuso e conflitante. Desejamos amar necessitamos sentirmos protegidos desejamos ser alguém para outro. Talvez eu tenha tido tudo isso ou talvez não seja essas respostas que busco saber.
Sei que construir essa imagem negativa que todos têm de mim, mas hoje não quero mais ser vista assim desejo ser comparado com alguém que quer poder mudar como alguém que busca no amor a felicidade.
Por essa razão entendo seus sentimentos sei que se sente insegura com medo, mas te digo só juntas iremos conseguir vencer todos esses obstáculos. Só juntas aprenderemos e evoluiremos rumo ao aprimoramento moral. Eu aprendi da maneira mais dolorosa e difícil, necessitei sofrer muito para entender que às vezes seguimos por caminhos tortuosos caminhos essas que causam muitas dores e por anos permaneci nessa estrada mais hoje procuro seguir por outra estrada claro que não é nada fácil isso requer muita paciência tolerância e coragem e acima de tudo á vontade de mudar ter outros pensamentos e atitudes reconstruir dia a dia tudo o que destruímos tudo o que de errado cometemos procurar ser um ser melhor. E muitas vezes no decorrer dessa luta caímos tornamos a cometer os mesmos erros, mas se tivermos o desejo de “mudar” vamos seguir nessa jornada não desistimos nunca, o desejo de nós melhorarmos faz com que tentamos novamente, e assim se falharmos uma ou mais vezes nunca desistiremos. Há vida sempre estamos aprendendo algo novo sempre lidamos com algo desconhecido novo que precisamos saber o que fazer como lidar qual será a melhor atitude a tomar qual será a melhor maneira de resolver isso ou aquilo. Não existe um manual para ser mãe. E algo que vamos aprendendo no decorrer da vida. Sinto-me uma cega a conduzir outro cego. Nunca poderia imaginar que ser mãe seria sentir ou passar por isso e uma impotência enorme nem a morte desejo para mim agora, pois se morrer não te deixarei não serie feliz nunca morrer ou viver para mim e um eterno medo já que tenho uma única responsabilidade você. Mesmo tendo esse imenso amor não posso te proteger o que posso fazer e te orientar explicar o que é certo ou errado. Ai! Você se pergunta como você pode dar o exemplo diante de todos os erros que cometeu. Respondo-te que posso por que passei por eles senti na pele as conseqüências dos meus erros e até hoje ainda sofro sei o que digo por que percorri esse caminho que me levou para um mundo repleto de dor e angustias onde nós perdemos e perdemos todo o amor a dignidade a esperança. Passei tantos anos de solidão e procurei nas drogas e álcool tudo o que buscava mais não encontrei. Foram anos de muito sofrimento e angustia foram anos de tortura e vazio mais hoje estão mudando aprendi com esses erros e descobri que só em um lugar encontraria a paz e o equilíbrio que tanto necessitava esse lugar era dentro de mim não existe outro caminho ou lugar ou ate mesmo coisas que nós Dara o que precisamos aprendi que só eu sou responsável pelos meus sofreamentos, hoje depois de tudo ainda sinto a culpa do que fiz hoje sei que sou responsável por tudo.
Hoje com 42 anos aprendi muitas coisas vivi outras, mas nunca senti o que sinto por você nunca imaginei poder existir algo parecido se eu pudesse dava a minha vida por você para que não sofresse mais e sei que hoje você acha que estou te destruindo por ter certas atitudes ou por dizer não á você, mas e assim que estou me recuperando dizendo não aos meus vícios assim também estou te resgatando dizendo não quando temos 13 anos não sabemos de muita coisa ou quase nada achamos que sou os donos do mundo da verdade invencíveis eu sei disso, pois assim como você eu também já tive 13 anos “mas tive também pais” que me orientaram me castigaram me instruíram também fiquei contra eles muitas vezes até os odiei desejei que eles morressem, mas hoje com 42 anos só os agradeço por todos os castigos e todos os não que recebi.
Sabe filha ser pai ou mãe é muito difícil, pois estamos diante de um dilema não sabemos como agir “só” sabemos o que sentimos quero que entenda se punirmos vocês sofreu se deixamos a vontade e se fazem coisas erradas sofremos mais ainda penso como se poder ser equilibrado se só desejamos que fossem felizes. Tenho medo que alguém lhe machuque e eu não esteja ali ao seu lado para ampará-la para te proteger te auxiliar. Tudo o que puder fazer para que seja feliz eu farei só você me importa. Se eu tivesse escutado meu pai quando ele muitas vezes conversou comigo me orientou não teria passado por tudo o que passei não teria cometido tantos erros se tivesse feito o que ele me ensinou. Mas ele nunca desistiu de mim sempre muito amoroso e pacecioso sempre estava lá a me auxiliar nas horas difíceis.
Minha vida sempre foi uma eterna batalha, mas eu era a única que sofri com meus atos desde que você surgiu em minha vida eu comecei s perceber que já não era só eu havia outra vida e que meus atos poderiam prejudicá-la. Você sabe o quanto me culpei por ter dado a você o pai que tem não pensei em você quando o amei hoje sofro duas vezes por mim e por você sinto-me envergonhada diante de tudo.
Eu acredito que não somos somente humanos que eventualmente desfrutamos de experiências, mas possuímos diversas dimensões e que podemos vivenciá-las e que temos em nosso espírito possibilidades acima do tempo e das limitações do corpo físico. Abri um livro espírita e sempre apareceu a mesma mensagem... Que dizia assim: “o maior pecado e roubar de alguém a sua alegria.” Se que muitas vezes eu roubei isso de você mais estou tentando consertar isso e quero que saibas que eis o meu ultimo pensamento e o primeiro ao acordar.
Ser mãe e algo inexplicável imensurável não existe uma palavra que possa explicar ou exemplificar também não sei te dizer o que é na verdade só sei lhe dizer que a cada dia mais aumenta o que sentimos. Se às vezes quando sai ligo a cada instante para saber onde esta e com quem está e que me assusta em saber que já não eis mais aquela garotinha e que já não precisa mais tanto de mim, e sinto medo ao vê-la sozinha nesse mundo onde eu já não faço mais parte, pois esta iniciando uma nova jornada em sua vida. E isso para mim e assustador e doloroso, e a vida sem você não é nada tudo se torna triste e vazio, sem sentido inócuo. Ser sua mãe é algo que me fez e me faz procurar ser melhor de querer mudar.
A vida e repleta de caminhos tortuosos e dolorosos e que devemos seguir pelos caminhos certos, mas às vezes acabamos percorrendo caminhos errados e com isso causamos grandes danos. E quando se é pai ou mãe e em determinada situação não sabemos o que fazer como agir ficamos “atônicos, inertes e desorientados” e fato de não saber o que fazer, com agir, o que só sabemos e que: o que somos o que sentimos, somos cegos a trilhar uma estrada sem saber qual a direção a tomar. E quando se assume sozinha a responsabilidade de dois isso assusta e angustia, pois sabemos que se errarmos com seremos duplamente culpados, mas sei que essa e minha missão ser sua mãe e pai ao mesmo tempo e sei que viemos para resgatas nossos erros e estamos aqui para aprender e evoluir nessa enorme escola chamada “terra” passar ou reprovar isso só a nós compete. A verdade que o mal nós torna em seres inanimados e impotentes. Acredito que ser pai e mãe e como ser Deus amou nossos filhos ensinaram o certo e o errado os protegemos de todos e tudo, mas nos tornamos impotentes diante de suas escolhas e de suas atitudes. Desde que surgem em nossas vidas os alimentamos educamos, mas não podemos impedir-los de errar de sofrer, por anos fizemos parte de suas vidas até mesmo viramos seus super heróis. Pois sempre estamos presentes em seus medos, como por exemplo, em seu primeiro dia de aula, estamos lá a segurar suas mãos e lhes transmitir coragem e confiança e acima de tudo segurança. Isso nós da à sensação de sermos verdadeiramente heróis de sermos onipotentes únicos e imensuráveis, mas essa invencibilidade no decorrer dos anos mostra-se frágil. Pois descobrimos que já não só de nos depende esse ser, ele como o passar dos anos evolui, aprende, descobre outros valores iniciou a pensar por si só, e é nesse exato momento que vemos a realidade dos fatos descobrimos que somos como folhas levadas pelo vento, e o quanto somos frágeis e impotentes descobrimos o quanto somos pequenos diante a enorme força chamada vida. Somos essas pequenas folhas que enfrentam a interpestuosa força da vida, assim como uma filha torna-se frágil diante de uma tempestade. As folhas somos nós e a natureza os filhos. A brisa representa nossos filhos pequenos dependentes e essa brisa vento que vai ganhando forças com o passar do tempo, mostrando sua fúria e que em alguns segundos pode destruir tudo que construímos essa realidade se faz presente. Aprendi em todos as minhas outras encarnações que não foram poucas foram anos e anos de aprendizado e erros a inércia da cegueira. Se hoje estou aqui agradeço a minha mãe que muito lutou por mim seja na vida terrena ou espiritual pois ela nunca desistiu e hoje posso lhe falar desse amor e graças a ela e de suas orações e sua preserve rança e seu amor. Aprendi em todos as minhas outras encarnações que não foram poucas foram anos e anos de aprendizado e erros a inércia da cegueira. Se hoje estou aqui agradeço a minha mãe que muito lutou por mim seja na vida terrena ou espiritual pois ela nunca desistiu e hoje posso lhe falar desse amor e graças a ela e de suas orações e sua preserve rança e seu amor. Citação de um espírito: 
“ninguém mais sabedora do que vos falo esse que lhe transmite essa mensagem. Ela presenciou o momento que reencontrei minha mãe depois de anos e anos de sofrimento e culpa e tormento e lamentações ela presenciou o inicio e o fim através de meu espírito pode ver quando estava revestido de ódio e raiva e maldade e egoísmo tirei a vida de minha mãe presenciou a dor e a culpa que consumia meu ser. Pode ver a cena que durante anos atormentou meu espírito. Aquele momento em que eu cheio de ódio e fúria gravei a faca no corpo cansado de minha mãe. Pode ver o olhar de minha mãe antes de morrer vós digo preferia eu que aquele olhar fosse de raiva e ódio, não um olhar seio de amor e carinho a dizer me eu te perdôo esse olhar me atormentou por anos e anos, na me foi mais doloroso do que ver durante todos esses anos aquele olhar. Os lugares por onde passei o que senti era nada diante disso esses lugares na verdade se tornavam um paraíso  pois o verdadeiro inverno era lembrar-me de seus olhos quando partira e não entendia como mesmo eu tendo lhe tirado a vida ela naquele instante ainda assim me transmitiu amor e paz. Aceitamos o ódio a vingança mais o amor nos torna vulneráveis frágeis isso nos perturbas pois não compreendemos porque, se somos ruins maléficos estando encenados ou não. Se nunca sentimos o que é amor como pode ainda haver pessoas que se preocupam com agente.
Esses eram as minhas perguntas as minhas duvidas eu não entendia como era possível, pois meu coração estava repleto de ódio e magoa esses sentimentos permaneceram permanecem conosco quando morremos, tornam-se mais fortes quando partimos e quando presenciamos a dor e o sofrimento ainda maior já que não entendemos o porquê de ainda sofrermos morrer ou viver tudo era puro sofrimento.
Passei anos e anos nos planos inferiores cego de ódio e raiva, foram anos de extrema angustias e lamentações de ódio e rancor, vingar-me de todos esse era meu desejo minha satisfação, mais nem isso atenuava a minha dor. Vaguei por tortuosos caminhos onde só a dor e as lagrimas são presente alimentava-me do sofrimento alheio fortalecia-me fazer o mal. Durante anos fiz varias vitimas usei do meu poder da minha influencia pois é fácil se utilizar das fraquezas dos outros, para obter o que desejamos.
A existência terra e muito difícil e dolorosa repleta de injustiças e dores de expiações e isso se torna um prato cheio a espíritos de mundos inferiores vingativos e cheio de ódio.
Hoje que eu já fui um espírito perverso que já pratiquei toda a maldade descobri o prazer de praticar o bem, descobri que o poder vem de Deus que El sempre intervém em prol de um filho seu por ser hoje, amanhã ou até mesmo há 100 mil anos percebi que o verdadeiro império e o respeito e o direito de cada ser.
Ninguém permanece no sofrimento se não quiser são livres Téo o direito de se libertar de ir para a luz e quem realmente deseja nada podem fazer para impedi-los
Pois como a luz não pode interferir na escuridão assim a escuridão não pode interferir na luz. Passei por esferas inferiores, reencarnei inúmeras vezes. “E nessas existências estudei muito aprendi, ensinei e fui ensinado, amei e fui amado descobri e fui descoberto passei por outros planos amei e odiei, mas que sei que levamos o que sentimos o que vivemos.”
O que quero e lhe transmitir um pouco dessa experiência dessas emoções, desses medos e alegrias queria poder compartilhar com você do que é e foi ser sua mãe da imensa gratidão que tenho á Deus pelo privilegio de ser mãe. E descobri através da maternidade a transformação que ela faz em todos os sentidos imagináveis e imagináveis ao ser humano.
O amor passa a dominar todos os sentidos doas as emoções e a razão até mesmo cegando-nos ou até mesmo transformando-nos em uma maquina sem controle sem direção, e sem ninguém para controlar. Leva tudo o que vê pela frente eu, por exemplo, sou essa maquina que durante muitos anos segui sem controle sem um condutor.
E hoje recomeçar não e nada fácil e algo que requer paciência tempo e dedicação e sabedoria e acima de tudo humildade. E ao olhar ao passado descobri a imensa destruição que causei mais ao olhar para o futuro vejo a imensa obra que posso levantar o mais inacreditável disso tudo não e descobri o que fui e sim o que posso ser ou o que fomos mais sim o que seremos.
Os erros que cometemos se faz necessário para que possamos aprender e a evoluir consertar modificar às vezes leva anos e anos, mas se com eles aprendemos, sei que isso não apaga o que fizemos o que causamos.
Já se perguntou alguma vez por que veio qual a razão de existir o que é certo ou errado o que e verdade ou mentira eu já e obtive inúmeras respostas a essas perguntas, já busquei na ciência na religião na vida.
Filha esse e apenas um capitulo de nossa existência ainda escreveremos outros mais o livro de nossa evolução iniciou...
Com amor sua mãe.
sentes dói mais em mim que em você por ser apenas uma pessoa igual a você que sofre e ama. Mas sofre a dor de não poder sentir o que sente..... A sua dor.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

livro: MÃES QUE CHORAM

livro: MÃES QUE CHORAM: MÃES QUE CHORAM Era 26 de março de 2010 quando o jovem Rafael Souza de Abreu, 16, virou mais um número para pesquisadores de seguran...

MÃES QUE CHORAM


MÃES QUE CHORAM

Era 26 de março de 2010 quando o jovem Rafael Souza de Abreu, 16, virou mais um número para pesquisadores de segurança pública. Nessa data, ele foi morto com oito tiros perto da casa de um amigo em Santos (SP).
Segundo seu pai, o operador portuário José de Abreu, e a Promotoria, o rapaz foi confundido com um ladrão de uma loja de roupas e foi morto em represália a um furto que não praticou.
Assim, ele passou a ser um dos 8.686 adolescentes e crianças assassinados naquele ano e engrossou a lista que, desde 1980, aumentou 376%. No mesmo período, entre 1980 e 2010, os homicídios como um todo cresceram 259%.Os dados são do "Mapa da Violência 2012 - Crianças e Adolescentes do Brasil", pesquisa que será lançada hoje.
O levantamento analisa as informações do Ministério da Saúde sobre as causas das mortes de pessoas entre zero e 19 anos de idade.
O ritmo de crescimento da morte entre jovens é constante. Em 30 anos, só teve queda quatro vezes. Nos demais aumentou entre 0,7% e 30%.Um dado que chamou a atenção do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da pesquisa, foi quanto os homicídios de jovens representava no total de mortes. Em 1980, eles eram pouco mais de 11% dos casos de assassinato. Já em 2010, 43%.
"Os homicídios de jovens continuam sendo o calcanhar de aquiles do governo. Esse aumento mostra que criança e adolescente não são prioridade dos governos", disse.
Entre os Estados em que houve maior aumento dos assassinatos de jovens estão Alagoas, com uma taxa de 34,8 homicídios por 100 mil habitantes, Espírito Santo (33,8) e Bahia (23,8).
Segundo Waiselfisz, vários fatores influenciam o aumento em determinadas regiões. Um deles é a interiorização dos homicídios.
"Antes, a maior parte dos crimes acontecia nos grandes centros. Agora, com a melhor distribuição de renda, houve uma migração da população e os governos não conseguiram implantar políticas públicas para acompanhar essa mudança", disse.
Os Estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina, (6,4), São Paulo (5,4) e Piauí (3,6).
Para Alba Zaluar, antropóloga da Universidade Estadual do Rio, os dados devem ser analisados com "cuidado", já que entre 2002 e 2010 houve uma melhora na qualificação das estatísticas sobre mortes. Ou seja, casos que antes constavam como "outras violências" nos dados oficiais passaram a ser homicídios.
"É muito complicado falar do aumento de mortes por agressão no Brasil como um todo", afirmou Zaluar.
Waiselfisz diz que a pesquisa aponta que os problemas existem e serve de alerta para governos tentarem reduzir o índice, que já incluiu o assassinato do jovem Rafael.
Em tempo: quatro pessoas, sendo três policiais, foram acusadas pela morte do adolescente. Mas o julgamento ainda não aconteceu.
A TODAS AS MÃES QUE PERDERAM SEUS FILHOS PARA A VIOLÊNCIA URBANA.

sábado, 8 de setembro de 2012

ESPELHO


ESPELHO

Ninguém pode estragar o seu dia, a menos que você permita. 
O colunista Sydney Harris acompanhava um amigo a banca de jornal. 
O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu o jornal que foi atirado em sua direção. 
O amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana. 
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou: 
- Ele sempre te trata com tanta grosseria? 
- Sim, infelizmente é sempre assim. 
- E você é sempre tão atencioso e amável com ele? 
- Sim, sou. 
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você? 
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir. 
Nós somos nossos "próprios donos". 
Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mal humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. 
Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes. 
"Os tristes acham que o vento geme. 
Os alegres e cheios de espírito afirmam que ele canta". 
O mundo é como um espelho, devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. 
A maneira como você encara a vida faz toda a diferença! 

VIOLÊNCIA

A onda de violência que assola o país tem merecido debates e análises diversas. O grau de insegurança aumenta com a exploração da mídia que, se de um lado desempenha o seu papel jornalístico, de denúncia e alerta ao cidadão comum, por outro, incrementa o pânico ao buscar o aumento de audiência à custa de tragédias pessoais, especialmente quando envolvem pessoas públicas e famosas. Foi assim com o seqüestro da filha do apresentador Sílvio Santos e depois com o próprio, tornado refém em sua própria casa. Foi assim com o assassinato do prefeito de Santo André e depois com a liberação do publicitário Washington Olivetto. Outros casos que causaram comoção foram os do menino João Hélio, arrastado até a morte pelo automóvel dos seqüestradores, e da menina Isabella, jogada da janela do apartamento, supostamente pelo pai e a madrasta.
A prova de que os Espíritos estavam certos ao dizer que é preciso o excesso do mal para se buscar o bem se faz presente mais uma vez. A primeira reação contra o nível de insegurança ocorreu quando uma organização criminosa orquestrou a maior rebelião penitenciária do país, atingindo simultaneamente cerca de 15 delas em diversas cidades. Era preciso investir em segurança pública e na construção de novos presídios, verdadeiros barris de pólvora por motivos de todos já conhecidos.
Das causas mais comuns listadas pelos especialistas – autoridades policiais, juízes, políticos, sociólogos –, temos: pobreza e desigualdades sociais, corrupção na polícia, causada por impunidade e má remuneração, falta de verbas e recursos tecnológicos no trabalho repressivo, descompassos metodológicos e burocráticos entre as atuações da polícia civil e militar e dentro do próprio judiciário, leis excessivamente brandas ou mal aplicadas etc. Entrevistado em fevereiro por uma revista de grande circulação nacional, o sociólogo americano John Laub vai mais longe e, sem subestimar os fatores citados, afirma, por exemplo, que muitos abandonam a criminalidade motivados por uma ligação afetiva, o casamento, ou pela identificação com o trabalho. Relaciona ainda a educação e a religião. A seu ver, o casamento é o mais forte de todos, enquanto as pesquisas no terreno da influência da religião não seriam conclusivas. À primeira vista – diz –, as pessoas religiosas são menos propensas ao crime, mas como as crianças ligadas à religião são as mesmas que têm uma relação mais próxima com a família, já não se sabe qual dos dois fatores é o determinante.
O raciocínio está correto. Na verdade, o papel religioso, se considerarmos somente a atuação das religiões tradicionais ocidentais, é secundário e conseqüente à boa estruturação familiar. Em geral, um bom ambiente familiar é criado em parte pela prática religiosa e esta ajuda a disciplinar a vida das pessoas porque ministrada em lares de boa formação. É um ciclo virtuoso. Sozinha, isto é, fora do lar ou em condições econômicas miseráveis ou ambiente de contato com os vícios, nos moldes como ela, a religião, é ensinada e vivenciada, raramente logra êxito.
Diferente caso se analisarmos o valor de um conjunto de conhecimentos de ordem filosófica e moral, com respaldo científico como o Espiritismo. Uma vez que o indivíduo fosse informado adequadamente a respeito, principalmente, da 
reencarnação e da lei de causa e efeito – Deus e a sobrevivência da alma, embora mal explicadas, são princípios comuns a todas as religiões –, certamente se preocupariam mais com o seu futuro. Longe a ingenuidade de crer que ser espírita resolveria todos os problemas. É claro que a violência é o reflexo de uma situação conjuntural. A questão é que, no Brasil, até bandido acredita e pede ajuda a Deus.
Resumindo as respostas das questões 629 e 630 de O Livro dos Espíritos, vemos que moral é a regra da boa conduta, com distinção entre o bem e o mal, e tal é possível, pois que o bem é tudo o que está de acordo com a lei de Deus e o mal tudo o que dela se afasta. O bem e o mal, conforme a questão 636,sempre o são, mas há diferença quanto ao grau de responsabilidade que é proporcional ao conhecimento. Na questão 644, Allan Kardec indaga se o meio em que certos homens vivem não é o motivo principal de muitos de seus vícios e crimes. Sim – respondem os benfeitores –, mas tal é a conseqüência de uma prova escolhida pelo próprio Espírito antes de reencarnar; desejou expor-se à tentação para ter o mérito da resistência. Há arrastamento, mas não irresistível.
A questão 784 trata da perversidade humana intensa que, já à época, poderia afigurar-se como um recuo moral, mas ao que os Espíritos reclamam atenção para uma visão de conjunto. O progresso se dá pela melhor compreensão do que é o mal e pela correção de seus abusos. É preciso que haja excesso do mal para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. Sábias palavras!
Parece-nos que é onde estamos no caso da violência. Há necessidade de uma mobilização geral da sociedade em prol da paz, porque a “guerra”, como a escuridão que só existe pela falta de luz, também se estabelece pela ausência daquela. Então a violência deve ser combatida de diversas formas, coercitiva e preventivamente, pelas autoridades e pelo cidadão comum, pela eliminação dos fatores citados e mais presentes nos discursos dos especialistas, mas, principalmente, banida dos corações dos homens.
A questão 785 da obra citada é clara: o orgulho e o egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso e, sem dúvida, que o medo, a aflição, as agressões, seqüestros, estupros e mortes são indícios de atraso moral e distanciamento da felicidade humana. Particularmente diríamos que, talvez, mal maior que estes é a ignorância espiritual, fruto da falta da educação no sentido amplo. Assim, retornamos ao ponto de que os princípios espíritas, bem conhecidos e assimilados por um grande número de indivíduos, estabelecendo, se ou quando possível, larga maioria, e desencadeando um processo de conscientização sobre o nosso ser, estar e agir no mundo, traduzido na prática diária, por si só, transformariam a sociedade para melhor e resolveriam satisfatoriamente este como tantos outros problemas que nos afligem.
Somos egoístas e orgulhosos, tolos e arrogantes, corruptos e cruéis porque simplesmente ignoramos de fato quem somos (Espíritos imortais), de onde viemos (de Deus primeiramente, destinados à perfeição e felicidade; de outra dimensão e de vidas pretéritas). Por que estamos aqui (para promover o nosso reajuste de equívocos cometidos no passado e buscar o desenvolvimento espiritual) e para onde vamos (prosseguir no ciclo reencarnatório até que, pelo aprendizado sempre crescente, possamos dispensar tais experiências, quando então seremos praticamente Espíritos puros e dedicados auxiliares diretos do Pai).
Esta é a causa de tudo, a falta de espiritualização do homem. O resto, miséria, crueldade, egoísmo, injustiças, leis imperfeitas, fanatismo, desagregação familiar, ódios, corrupção e tudo o mais não passam de efeitos, mediatos ou imediatos.