quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O antídoto para a solidão


O antídoto para a solidão

Um dos flagelos da humanidade chamada solidão. Mas o que é solidão? Será a ausência de companhia, de pessoas a nossa volta? Será estar longe da civilização? Mas grave do que estar só e sentir-se só. Duas pessoas que vivem situações parecidas poderá ter comportamentos diferentes. Enquanto uma é infeliz, a outra sobrevive, e bem.
Solidão, mas do que estar  só, é a insatisfação da pessoa com a vida e consigo mesmo. É preciso da multidão á sua volta, por não perceber, que pode bastar-se por si mesmo, desde que descubra a riqueza do seu interior. A solidão nasce da insegurança e da necessidade de sentir-se amado, porque ignorar o grande truque do amor.
Há quem use a solidão como um tempo de inspiração, análise e programação. Não é mais  a solidão propriamente conhecida, porque se transforma  em recolhimento ao próprio íntimo, necessidade que todos temos, sem nós dar conta, vez que outra,  é preciso estar só tentando nos dar bem com os outros, mas não sabemos viver na harmonia de nós mesmos.
Quando Amyr Klink, saindo da África, chegou á Bahia, navegando dias e dias, sozinho em sua pequena embarcação, perguntaram-lhe se a solidão não teria sido o seu maior obstáculo. A resposta foi que nunca estivera só, porque muitos torciam por ele e, além disso, fazia o que lhe causava prazer. Quem age dessa forma não dá espaço para a solidão.
Cabe analisar quem são as vítimas da solidão. E responderíamos que são os  eu não lutam, que nada realizam, que não amam, não vivem. Quem se fecha em seus problemas, em suas mágoas, melindra-se facilmente, autoflagela-se e inutiliza preciosas oportunidades de realizações importantes. Deus não pode ocupar-se com os que insistem em ser infelizes, deixa primeiro que despertem e valorizem a vida, para depois enviar-lhes a ajuda que possam compreender.
O antídoto para a solidão, mas do que os antidepressivos ou os divãs é a ocupação. De qualquer tipo de trabalho profissional, trabalho de lazer, trabalho de amor ao próximo. Quem se acha em sofrimento, procure ser útil. Quem vive gastando o tempo para reclamar da má sorte, experimente aplicar as horas tristes no trabalho. E como catalizador para esse entendimento, não podemos desprezar um agente eficaz contra a solidão:  o Centro Espírita.
Desse pequeno compartimento da imensa casa de Jesus há, sempre disponibilidade de vagas para serviços no bem. E, sempre, atinge primeiro o próprio agente. E ai que a jovem estudante busca serenidade, para entender as lições mais difíceis; e ai que a moça, frustrada com a perda do namorado, encontrará para substituí-lo um amor diferente, sublimado; e ai  onde a mãe que ficou prematuramente sem o filho querido conhece outros filhos, que supriram a falta dele; é ai onde a viúva, idosa e enferma, encontrará a companhia de operosos auxiliares do Cristo, para suavizar o seu sofrimento se transforma em progresso e entendimento.
Nenhum outro lugar, por mais prazer que ofereça, pode combater a  solidão, como o Centro Espírita,  sem dispêndio para aquele que chegou com a mágoa no coração. Ali enquanto serve se cura; quando oferece, recebe, se reergue. Abençoado Centro Espírita, que além destes abrigos também os que  se sentem infelizes, que têm a alma sensível pronta para oferecer-se.
São os que tem consciência de como a vida é boa e retribuem a Deus pela dádiva, ao invés de queixar-se do abandono ou revoltar-se contra os atos comuns da vida de todos nós.

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